DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 114 Coccidioidomicose CID 10: B38 A SPECTOS C LÍNICOS E E PIDEMIOLÓGICOS Descrição - Micose sistêmica, predominantemente pulmonar, poden- do, também, comprometer pele, laringe, ossos, articulação e meninges, entre outros. Após a infecção, 60% dos indivíduos apresentam infecção primária inaparente; os demais, geralmente, cursam com uma infecção moderada ou levemente grave. São sinais mais frequentes: comprome- timento respiratório baixo, febre, sudorese noturna, dor pleural, disp- neia, tosse produtiva, artralgia, anorexia. Eritema nodoso, polimorfo e reações exantemáticas podem ocorrer em até um quinto dos casos. A imagem radiológica revela adenomegalia hilar, infiltração pulmo- nar com derrame pleural. Até 5% dos casos que desenvolvem infecção primária permanecem com a infecção residual em forma de coccidio- doma (lesão nodular) ou de cavitação, podendo associar-se a fibrose e calcificações. A forma disseminada é rara, porém fatal, e assumiu importante papel após o surgimento da aids, pois é pouco comum em pacientes imunocompetentes. Clinicamente, essa forma caracteriza-se por lesões pulmonares, acompanhadas por abcessos em todo o corpo, especialmente nos tecidos subcutâneos, pele, ossos e sistema nervoso central (SNC). Sinonímia - Febre do Vale de São Joaquim, febre do deserto, reuma- tismo do deserto. Agente etiológico - Coccidioides immitis , um fungo dimórfico. Reservatório - O solo, especialmente, de locais secos e com pH alcali- no. A doença acomete o homem e outros animais (gado bovino, ovino, caprino, entre outros). Modo de transmissão - Por inalação dos artroconídeos (forma do fungo no solo). A transmissão por inoculação, sobretudo a decorrente de acidentes de laboratório, é relativamente comum. Transmissão du- rante a gravidez é rara e, quando ocorre, pode haver óbito neonatal. Período de incubação - De 1 a 4 semanas. Período de transmissibilidade - Não é doença contagiosa de in- divíduo a indivíduo. Complicações - A disseminação da doença constitui sua maior com- plicação. Por esse motivo os pacientes soropositivos para HIV ou com aids devem ser seguidos criteriosamente. 9

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