DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 370 Shigelose CID 10: A03 A SPECTOS C LÍNICOS E E PIDEMIOLÓGICOS Descrição - Infecção bacteriana de expressão clínica pleomórfica, que pode se manifestar através de formas assintomáticas ou subclínicas e formas graves e tóxicas. Nas formas graves, a Shigelose é doença agu- da toxêmica, caracterizada por febre e diarreia aquosa, que pode ser volumosa e com dor abdominal. A dor abdominal tem característica de cólica difusa, geralmente precedendo à diarreia, que se constitui no sintoma mais frequente, presente em cerca de 90% dos casos. De 1 a 3 dias após, as fezes se tornam mucossanguinolentas, a febre diminui e aumenta o número de evacuações, geralmente de pequeno volume e frequentes, com urgência fecal e tenesmo (colite exsudativa). Além da febre alta, outras manifestações podem estar presentes, tais como: anorexia, náuseas, vômitos, cefaleia, calafrios, estados totêmicos, con- vulsões e sinais meningíticos. Ao exame físico, pode-se observar hiper- termia, desidratação, hipotensão, dor à palpação abdominal e ruídos hidroaéreos exacerbados. Nas formas leves ou moderadas, a Shigelose pode se manifestar apenas por diarreia aquosa, sem aparecimento de fezes disentéricas. Sinonímia - Disenteria bacilar clássica. Agente etiológico - Bactérias gram-negativas do gênero Shigella , constituídas por quatro espécies: S. dysenteriae (grupo A), S. flexneri (grupo B) S. boydii (grupo C) e S. sonnei (grupo D). Reservatório - Trato gastrintestinal do homem, água e alimentos contaminados. Modo de transmissão - A infecção é adquirida pela ingestão de água contaminada ou de alimentos preparados com água contamina- da. Também está demonstrado que as Shigellas podem ser transmiti- das por contato pessoal. Período de incubação - De 12 a 48 horas. Diagnóstico - Clínico, epidemiológico e laboratorial. Esse último é feito pela semeadura das fezes do paciente em meios de cultura, como Mac Conckey e SS, com posterior identificação das colônias suspeitas por meio de provas bioquímicas e sorológicas, destacando-se a excelên- cia dos métodos imunoenzimáticos e o PCR para realização de exame radiológico (raios X). 61

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