DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 366 Diagnóstico - Clínico, laboratorial e epidemiológico. O diagnóstico laboratorial mais usado é o ELISA, para detecção de anticorpos espe- cíficos IgM e IgG. Atualmente, faz-se também a identificação do vírus que tem como objetivos estabelecer o padrão genético circulante no país, diferenciar os casos autóctones do Sarampo dos casos importa- dos, e diferenciar o vírus selvagem do vírus vacinal. Período para cole- ta: as amostras dos espécimes clínicos (urina e secreções nasofaringea) devem ser coletadas até o 5º dia a partir do início do exantema, pre- ferencialmente nos 3 primeiros dias. Em casos esporádicos, para não se perder a oportunidade deve-se tomar amostras para a identificação viral, o período pode ser estendido em consonância com a SVS e a Fio- cruz. Critérios para a coleta de espécimes para identificação: em pre- sença de surto de Sarampo, independente da distância do laboratório central; casos importados, independente do país de origem; em todos os casos com resultado laboratorial IgM positivo ou indeterminado para o Sarampo, observando o período de coleta adequado. Diagnóstico diferencial - Doenças exantemáticas febris agudas: rubéola, exantema súbito, escarlatina, eritema infeccioso, dengue, sífilis secundária, enteroviroses e eventos adversos à vacina. Tratamento - É sintomático, podendo ser utilizados antitérmicos, hidratação oral, terapia nutricional com incentivo ao aleitamento ma- terno e higiene adequada dos olhos, pele e vias aéreas superiores. As complicações bacterianas do Sarampo são tratadas especificamente com antibióticos adequados para cada quadro clínico e, se possível, com identificação do agente bacteriano. Nas populações onde a defi- ciência de vitamina A é um problema reconhecido, a OMS e o Unicef recomendam o uso de uma dose elevada e única de vitamina A nas pessoas acometidas pelo Sarampo e suas complicações, nos indivíduos com imunodeficiências, com evidência de xeroftalmia, desnutrição e problemas de absorção intestinal. A suplementação de vitamina A é indicada na seguinte dosagem: t Crianças de 6 a 12 meses : 100.000UI, VO, em aerossol; t Crianças de 1 ano ou mais : 200.000UI, VO, em cápsula ou aerossol. Quando se detectar xerodermia, repetir a dose de vitamina A no dia seguinte. Características epidemiológicas - Doença de distribuição uni- versal, endêmica nos grandes conglomerados urbanos, com epidemias a cada 2 ou 4 anos, dependendo da relação entre o grau de imunidade e a -suscetibilidade da população, bem como da circulação do vírus na D OENÇAS I NFECCIOSAS E P ARASITÁRIAS

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