DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 325 Oncocercose CID 10: B73 A SPECTOS C LÍNICOS E E PIDEMIOLÓGICOS Descrição - Doença parasitária humana crônica, caracterizada pelo aparecimento de nódulos subcutâneos fibrosos sobre superfícies ósse- as, em várias regiões, a exemplo de ombros, membros inferiores, pelves e cabeça. Esses nódulos são indolores e móveis e neles são encontra- dos os vermes adultos que eliminam as microfilárias, as quais, ao se desintegrarem na pele, causam manifestações cutâneas agudas, como o prurido intenso, ou crônicas, caracterizadas por xerodermia, lique- nificação ou pseudoictiose, despigmentação nas regiões pré-tibial e inguinal, atrofia, estase linfática (lesões típicas de dermatite crônica). A migração das microfilárias pode atingir os olhos, provocando altera- ções variadas, tais como: conjuntivite, edema palpebral, escleroceratite, ceratite puntiforme, irite ou iridociclite, esclerose lenticular e corior- retinite difusa degenerativa, podendo levar à cegueira. Em infecções muito intensas, pode-se encontrar microfilárias na urina, lágrima, es- carro e sangue. Sinonímia - Cegueira dos rios, doença de Robles, volvulose, erisipela da costa, mal morado. Agente etiológico - Nematódeo do gênero Onchocerca . No Brasil, a espécie Onchocerca volvulus é a única encontrada. Reservatório - O homem. Experimentalmente, pode ser transmitido a chimpanzés. Modo de transmissão - Pela picada dos vetores do gênero Simu- lium (o simulídeo é conhecido popularmente como “borrachudo”, “pium”), que proliferam em córregos e rios de correnteza rápida. Na América do Sul, os seguintes complexos são importantes: S. metalli- cum , S. sanguineum/amazonicum , S. quadrivittatum . Período de incubação - Longo, cerca de 1 ano, podendo variar de 7 meses a mais de 2 anos. Período de transmissibilidade - A filária permanece viva no ho- mem por 10 a 15 anos (casos não tratados), período em que os vetores podem se infectar. Não há transmissão inter-humanos. Complicações - Cegueira, hipertrofia ganglionar, lesões dermatoló- gicas graves. 52

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