PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
42 Ministério da Saúde • • Sendo o isolamento domiciliar considerado alternativa para o caso suspeito, provável ou confirmado de Covid-19, deverão ser seguidas as recomendações estabelecidas pela Atenção Primária à Saúde em seu protocolo de manejo clínico. • • De acordo com boas práticas assistenciais, exames laboratoriais ou de imagem em crianças que não apresentam critérios de gravidade não são preconizados. Exames adicionais poderão ser solicitados para avaliação de complicações, condições associadas ou gravidade clínica. • • Pautados na falta de evidências que corroborem a suspensão do aleitamento materno, considerando que o leite materno de mãe infectada proverá ao RN anticorpos contra SARS-CoV-2, que até o momento não foram registrados casos graves em RN, que existem diversos benefícios já comprovados do aleitamento materno pele a pele, os especialistas recomendaram que o aleitamento não deve ser suspenso, mas é imperativo que a mãe seja orientada sobre adoção das medidas necessárias de precaução: higienização rigorosa de mãos e uso de máscara cirúrgica durante o contato com o filho. • • No paciente hospitalizado, de acordo com os Centers for Disease Control and Prevention (CDC), a suspensão de medidas de isolamento é possível diante do preenchimento dos seguintes critérios: desaparecimento de febre na ausência de antitérmicos, melhora de sinais e sintomas clínicos e negativação de testes moleculares. Diante da indisponibilidade de testes moleculares, considerando que o paciente grave possivelmente apresenta maior viremia e encontra-se em ambiente onde outros pacientes seriam grupos de riscos para evolução com gravidade, o isolamento deverá ser mantido durante tempo de internação hospitalar. • • Em relação ao tipo de isolamento respiratório: existem evidências de que a transmissão do SARS-CoV-2 ocorre, principalmente, por meio de gotículas. No entanto, ressalta-se que procedimentos geradores de aerossóis estão associados à necessidade de isolamento respiratório com uso da máscara facial N95. Essa questão é importante devido à grande utilização de práticas de micronebulização em Postos de Saúde e serviços de urgência. Seria desejável que, quando disponível, fosse priorizada a utilização de aerocâmaras ( spray com espaçador) para administração de medicamentos. Diante da indisponibilidade de tê-las, os ambientes de micronebulização deverão estar bem ventilados, sem a exposição de pacientes que não apresentem quadros respiratórios e com a utilização de Equipamentos de Proteção IndividuaIS (EPIs) adequados pela equipe de saúde.
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