PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA

41 Protocolo de Manejo Clínico da Covid-19 na Atenção Especializada Quadro 3 – Sinais e sintomas de agravamento • Persistência ou retorno da febre. • Recusa alimentar que impacte na aceitação de líquidos por via oral, redução de diurese, vômitos incoercíveis. • Taquipneia de acordo com faixa etária, com aumento do esforço respiratório (batimento de aletas do nariz, tiragem intercostal, supra/subesternal, supraclavicular, subcostal, contração da musculatura acessória da respiração e movimento paradoxal do abdome). • Bradipneia e ritmo respiratório irregular (colapso respiratório iminente). • Gemidos expiratórios (colapso alveolar e de pequenas vias aéreas ocasionado pelo fechamento da glote na expiração na tentativa de aumento da capacidade residual funcional pulmonar). • Estridor inspiratório (obstrução de vias aéreas superiores). • Sibilos e aumento do tempo expiratório (obstrução de vias aéreas inferiores). • Palidez cutânea e hipoxemia (SpO2 < 94%). • Alteração do sensório (confusão mental, sonolência, letargia). • Taquicardia, perfusão capilar periférica lentificada, acompanhados ou não de hipotensão arterial (de acordo com faixa etária). • Desidratação. • Exacerbação de doença preexistente. • • Definiu-se que os critérios clínicos de alta hospitalar devem levar em conta a melhora do quadro clínico, a ausência de taquidispneia e hipóxia, a ausência de suplementação de O 2 por tempo mínimo de 24 horas, a estabilidade hemodinâmica, a boa aceitação de via oral e a ausência de febre. • • O reaparecimento de taquicardia, recidiva de febre, piora de estado geral ou dos sintomas respiratórios indicam necessidade de retorno imediato da criança que já tenha obtido alta dos serviços de saúde. • • Houve consenso que se deve prescrever oseltamivir em pacientes com SRAG sem diagnóstico, conforme o protocolo vigente para a síndrome. A prescrição poderá ser revista a partir da identificação do agente etiológico por meio de exame laboratorial, considerando que o oseltamivir não possui atividade contra SARS-CoV-2. • • Não foi recomendado uso profilático de antibióticos, mas o uso deve ser considerado a partir da suspeita de infecção bacteriana associada. • • Recomenda-se que pacientes graves, sem confirmação etiológica de Covid-19, sejam manejados conforme protocolo de SRAG e que o tratamento de suporte tenha ênfase na reversão de hipoxemia. A indicação de ventilação mecânica deverá seguir protocolos pediátricos de ventilação protetora em pacientes com Sara. • • Ademais, em pacientes com diagnóstico específico de Covid-19, os glicocorticoides não devem ser prescritos rotineiramente, uma vez que não existem evidências de seu benefício na infecção por SARS-CoV-2. No entanto, podem ser considerados em situações específicas, em que haja indicação clara para sua utilização.

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