PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA

43 Protocolo de Manejo Clínico da Covid-19 na Atenção Especializada Abordagem no atendimento a pacientes adultos/idosos Para o atendimento, deve-se levar em consideração os demais diagnósticos diferenciais pertinentes e o adequado manejo clínico dos casos. Em pacientes com SRAG ainda sem diagnóstico laboratorial, não retardar o uso do oseltamivir iniciando até 48 horas utilizando as doses recomendadas no protocolo do tratamento das síndromes respiratórias/ influenza do Ministério da Saúde. A prescrição poderá ser revista a partir da identificação do agente etiológico por meio de exame laboratorial, considerando que o oseltamivir não possui atividade contra SARS-CoV-2. Foi consenso entre os especialistas, que pacientes com fatores de risco para complicações deverão ser avaliados por equipe de saúde, independentemente da presença de febre ou sinais de gravidade. Ademais, indivíduos de qualquer idade com quadro de insuficiência respiratória aguda deverão ter indicação de internação hospitalar. Recomenda-se que pacientes com diagnóstico de SRAG sejam hospitalizados, sendo que os casos identificados com os sintomas de gravidade a seguir listados sejam internados em leito de terapia intensiva: • • Instabilidade hemodinâmica persistente (pressão arterial que não respondeu à reposição volêmica (30 mL/kg nas primeiras 3 horas), indicando uso de amina vasoativa (exemplo: noradrenalina, dopamina, adrenalina). • • Sinais e sintomas de insuficiência respiratória, incluindo hipoxemia (PaO2 abaixo de 60 mmHg) com necessidade de suplementação de oxigênio para manter saturação arterial de oxigênio acima de 90%. • • Evolução para outras disfunções orgânicas, como insuficiência renal aguda e disfunção neurológica. Sendo o isolamento domiciliar considerado alternativa para o caso suspeito, provável ou confirmado de Covid-19, deverão ser seguidas as recomendações estabelecidas pela Atenção Primária à Saúde em seu protocolo de manejo clínico. O reaparecimento dos sinais de agravamento indica necessidade de retorno imediato do paciente que já tenha obtido alta aos serviços de saúde. Houve consenso sobre internar os pacientes graves sem diagnóstico ou com resultado negativo. No caso de teste negativo, repetir o PCR entre 48-72h desde o primeiro teste negativo, e realizar exame do trato respiratório inferior. A indicação de intubação orotraqueal (EOT) deverá seguir os critérios de indicação para insuficiência respiratória. Regra geral, o grupo asseverou que sejam seguidas as recomendações de manejo habitual para paciente com síndrome gripal ou SRAG, divergindo apenas em questões que são essencialmente de vigilância e

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