PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA

40 Ministério da Saúde Abordagem no atendimento de pacientes pediátricos Os dados preliminares sobre a Covid-19 apontam que a maioria das crianças e adolescentes infectados poderão ser assintomáticos ou oligossintomáticos, com sintomas de vias aéreas superiores leves, sem associação com gravidade. Assim, cumpre destacar a impossibilidade de diferenciar clinicamente os sintomas causados pelo SARS-CoV-2 daqueles causados por outras etiologias virais. Para o manejo clínico da criança e/ou adolescente com quadro de síndrome gripal de etiologia indeterminada, foi indicado que se adote as recomendações estabelecidas no Protocolo de SRAG e de Síndrome Gripal do Ministério da Saúde. Embora não existam evidências na literatura atual, que permitam definir um padrão ouro para isolamento domiciliar, do ponto de vista epidemiológico, é recomendado o isolamento domiciliar em casos suspeitos ou confirmados, que não apresentem critérios de gravidade ou condições crônicas subjacentes, com o objetivo de reduzir o número de pessoas expostas. • • Os pacientes pediátricos com fatores de risco para evolução com gravidade (imunossuprimidos, recém-nascidos ou lactentes menores de 3 meses) deverão ser avaliados por equipe de saúde, independentemente da presença de febre ou sinais de gravidade. • • É indicada a internação de crianças com diagnóstico de síndrome respiratória aguda (SRAG). Além de avaliar os sinais e os sintomas do diagnóstico de SRAG, é importante considerar também os batimentos de aleta nasal, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência como sinais de agravamento. • • Crianças com sinais e sintomas de insuficiência respiratória, incluindo hipoxemia persistente (PaO2 abaixo de 60 mmHg ou SatO2 menor que 90% ) ou sinais de esforço respiratório moderado a grave, apesar de suplementação de oxigênio; instabilidade hemodinâmica não responsiva ao volume e evolução para outras disfunções orgânicas, como insuficiência renal aguda e disfunção neurológica, identificadas em avaliação clínica ou laboratorial devem ser internadas em unidades de terapia intensiva. Além disso, os sinais e os sintomas no Quadro 3 podem ser associados com evolução para condições clínicas graves:

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