PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA

37 Protocolo de Manejo Clínico da Covid-19 na Atenção Especializada Recomendações dos especialistas para organização dos serviços de saúde Acerca da gestão dos hospitais e dos recursos humanos, recomenda-se que cada hospital faça e descreva seu inventário sobre capacidade física instalada, dimensionamento de pessoal, atendimento ambulatorial, áreas de isolamento, número total de leitos gerais e de UTI para elaboração do plano de contingência. Em se tratando de leitos de UTI, caso a capacidade instalada seja insuficiente para a demanda prevista, recomenda-se adaptar, primeiramente, as Salas de Recuperação Pós- Anestésica (RPA) em leitos de UTI Geral, priorizando os leitos de UTI já existentes para tratamento exclusivo de Covid-19 ou SRAG sem diagnóstico. Após a utilização da capacidade da RPA, sugere-se que os leitos clínicos ou áreas ociosas/inativadas sejam adaptados para atendimento intensivo de pacientes com Covid-19 ou leitos clínicos de retaguarda, com o objetivo de ampliar a capacidade desses serviços. Diante da necessidade de contingenciamento da equipe de profissionais de saúde, deverão ser observadas e seguidas as recomendações da Associação de Medicina Intensiva Brasileira. É imperativo o treinamento das equipes de enfermagem que atuam em outras alas dos hospitais para atendimento aos pacientes críticos durante a pandemia. O contingenciamento de procedimentos eletivos de hospitais deverá ser considerado de acordo com o momento epidemiológico local, especialmente, quando identificada a transmissão comunitária. No Brasil esse contingenciamento deverá ser particularizado e regionalizado, devido à expectativa de a pandemia ocorrer em diferentes momentos de pico no país. Recomenda-se aos serviços de saúde o estabelecimento de fluxo diferenciado, com áreas exclusivas para o atendimento de pacientes sintomáticos respiratórios e a implementação de coortes de pacientes acometidos pela Covid-19, na ausência/ impossibilidade/escassez de áreas de isolamento. Além disso, indica-se que seja disponibilizada ala completa para atendimento aos pacientes com a Covid-19 para evitar infecção cruzada e possibilitar racionalização de recursos e profissionais. Prevenção da transmissão entre pacientes e trabalhadores dos serviços de saúde Diante da possibilidade de transmissão por contato, tendo sido discutidas as necessidades de se implementar coortes para os pacientes, estabelecimento de fluxos diferenciados e unidirecionais, tanto para pacientes quanto para trabalhadores dos serviços de saúde, deverão ser fortalecidas as ações para controle de infecção nas unidades de saúde, especialmente nas hospitalares. Para tanto, destacou-se que há conhecimentos sólidos e orientações precisas sobre prevenção e controle da transmissão de infecções, as quais estão disponíveis em documentos técnicos do Ministério da Saúde e da Anvisa.

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