PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

136 137 Prêmio de Residência Médica Prêmio de Residência Médica O MÉDICO PREMIADO Cardiologista Rotina da Unidade Cardio-intensiva - Hospital Samaritano Barra da Tijuca; Cardiologista Rotina do Departamento de Coronariopatia - Instituto Nacional de Cardiologia; Mestre em Ci ncias Medicas - UERJ; Especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia; Membro do Departamento de Coronariopatia da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro - SOCERJ. DR. FERNANDO BASSAN CRM 52 77624-6 ARTIGO PREMIADO EM PRIMEIRO LUGAR LESÃO DE TRONCO DE ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA: MUDANÇA DE PARADIGMA DE TRATAMENTO? Hospital de Cardiologia de Laranjeiras RESIDENTE: Dr. Fernando Bassam PRECEPTOR: Dra. Andrea Rocha de Lorenzo DESCRITORES: DOENÇAS CARDIOVASCULARES - ARTÉRIA CORONÁRIA - TRATAMENTO INTRODUÇÃO As doenças cardiovasculares permanecem como a maiorcausademortalidadenapopulaçãoemgeral, tendo a doença arterial coronariana como a grande responsável. Entre os possíveis envolvimentos de vasos coronarianos, o acometimento do Tronco da artéria Coronária Esquerda é considerado a lesão de maior gravidade, pois é responsável pela irrigação da maior parte do ventrículo esquerdo, área de grande relevância para o adequado funcionamento cardíaco. A recomendação de tratamento das lesões acima de 50%, acometendoo Troncoda artériaCoronária Esquerda difere radicalmente das lesões que acometem os outros vasos, possuindo indicação formal de tratamento cirúrgico de revascularização miocárdica, independente da presença de sintomas ou evidências isquêmicas (Grau de recomendação I). Entretanto, estas diretrizes são baseadas emestudos clínicos conduzidos nos anos 70, uma época em que o tratamento clínico não contemplava o uso de aspirina, beta bloqueador inibidor de ECA e estatina. OBJETIVO O presente estudo tem como objetivo avaliar se os pacientes portadores de lesão de Tronco da artéria Coronária Esquerda (LTCE) acima de 50 % mantidos em tratamento clínico, apresentam taxa de desfechos cardiovasculares diferentes do que aqueles submetidos ao tratamento atualmente preconizado de cirurgia de revascularização miocárdica (CRVM). METODOLOGIA O estudo é retrospectivo, observacional, de pacientes consecutivos encaminhados a cineangiocoronariografia no Instituto Nacional de Cardiologia, no Rio de Janeiro, no período de Janeiro de 2000 a Dezembro de 2001. Foram incluídos pacientes com idade ≥ 18 anos e LTCE ≥ 50%, com ou sem lesões em outros vasos. Os critérios de exclusão consistiam em pacientes previamente submetidos à terapia de revascularização, portadores de cardiopatias congênitas, cardiomiopatias (exceto a isquêmica) ou doença orovalvar significativa. Os pacientes foram selecionados e acompanhados com base no banco de dados e prontuários médicos, onde eram obtidos os dados epidemiológicos e tipo de tratamento efetuado. A opção de tratamento era de livre indicação pela equipe assistente com o consentimento do paciente. O desfecho primário avaliado foi à

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