PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

334 335 Prêmio de Residência Médica Prêmio de Residência Médica e que utilizarão o modelo em seus novos postos de trabalho. OBJETIVO Determinar a reprodutibilidade de protocolo de avaliação morfológica do coração fetal, realizado pela ultrassonografia entre 20 e 24 semanas. METODOLOGIA Estudo observacional, prospectivo e longitudinal em gestantes em acompanhamento pré-natal na instituição, que realizaram ultrassonografia obstétrica morfológica com protocolo estendido dos planos do coração fetal entre 20 e 24 semanas de gestação, comparto realizado na instituição. No dia da realização do exame, as pacientes recebem Termo de Consentimento livre e esclarecido. O exame do rastreio do coração fetal é realizado com aparelho de ultrassonografia obstétrica com transdutor convexo e software próprio para estudo do coração fetal e compreende a avaliação dos seguintes planos de imagem: (1)avaliação do situs cardíaco;(2)verificação do ritmo cardíaco; (3) avaliação completa das quatro câmaras que inclui: eixo cardíaco, ausência de derrame pericárdico, 4 câmaras presentes e proporcionais, folheto do forame oval abrindo para o átrio esquerdo (AE), drenagem da veias pulmonares no AE, ausência de hipertrofia da parede ventricular; banda moderadora no ápex do Ventrículo direito (VD), integridade do septo interventricular; livre abertura das válvulas atrioventriculares e inserção dos folhetos valvares; enchimento biventricular (4) trato de saída do Ventrículo esquerdo; (5)trato de saída do VD;(6) corte transverso do plano dos três vasos (3V) - tronco pulmonar, aorta ascendente e veia cava superior(7) fluxo anterógrado no arco ductal e aorta transversa;(8)arco aórtico; (9)arco ductal. Na falha de obtenção de qualquer um dos planos de rastreio, a paciente é encaminhada para realização de eocardiografia fetal. Foi verificado o percentual de obtenção de cada um dos planos listados no protocolo. RESULTADOS Foram incluídas 420 gestações, que realizaram o exame de rastreio morfológico do coração fetal. Os planos foram examinados nas seguintes proporções apresentadas na tabela a seguir: PLANO PROPORÇÃO INTERVALODE CONFIANÇA 95% SITUS CARDÍACO 100% - RITMO 100% - 4 CÂMARAS COMPLETO 96,9% (0,94 – 0,98) SAÍDA VD 98,2% (0,96 - 0,99) SAÍDA VE 98,2% (0,96 – 0,99) 3 VT 97,9% (0,95 – 0,99) FLUXO ANT 86,8% (0,83 – 0,90) ARCO AORTICO 87,9% (0,84 – 0,90) ARCO DUCTAL 82,5% (0,78 – 0,86) COMPLETO 77,2% (0,72 – 0,81) A ecocardiografia foi realizada em 7,1% destes casos e somente 1 caso foi alterado. Dentre estas pacientes 60% apresentavam indicação foi prévia à realização do rastreio e em 40% das indicações foi pós exame rastreio, por suspeita de anormalidade ou por falha na realização completa do exame. DISCUSSÃO Foi avaliada a efetividade da implementação de protocolo de rastreio de cardiopatias fetais através de exame complementar realizado em paralelo a ultrassonografia obstétrica morfológica. A realização completa deste rastreio em 77% dos casos, após a implementação do protocolo, mostra que o mesmo é viável e factível de ser instituído de maneira universal na ocasião do exame morfológico entre 20 e 24 semanas. Esta amostra apresentou somente 1 cardiopatia que foi rastreada, e confirmada pela ecocardiografia fetal e neonatal. O exame de rastreio do coração fetal maximiza a detecção de anomalias cardíacas, pois somente casos suspeitos são encaminhados para avaliação especializada. Além disso, diante de novas possibilidades terapêuticas a fetos com diagnóstico precoce de determinadas cardiopatias é válida a sistematização do estudo do coração fetal. CONCLUSÃO A implementação de protocolo de avaliação do coração fetal entre 20 e 24 semanas de gestação mostrou-se reprodutível para aplicação rotineira no pré-natal.

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