PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

260 261 Prêmio de Residência Médica Prêmio de Residência Médica O MÉDICO PREMIADO Foi uma grande oportunidade ter participado dessa pesquisa sob orientação do Dr. Marcus Valadão durante minha residência no Instituto Nacional do Câncer. Desde os tempos de acadêmico sonhava em fazer residência nesta instituição. O prêmio, em 2013, teve um valor enorme para mim. Em 2012, nosso trabalho havia sido selecionado entre os dez finalistas, mas não ganhamos o prêmio daquele ano. Ganhar no ano seguinte foi recompensador. Terminada a residência em cirurgia oncológica ingressei, em 2014, no programa de pós-graduação em pesquisa clínica no INCA, onde fui orientado pelo Dr. Carlos Gil na pesquisa dos Tumores Neuroendócrinos do Cólon e Reto. Em 2015, tive a felicidade de entrar para o corpo clínico do INCA como Cirurgião Oncológico. E no momento curso o Programa de Mestrado na UNIRIO em cirurgia minimamente invasiva. Posso afirmar com convicção que o Prêmio de Residência médica do CREMERJ estimula a iniciação científica. DR. DANIEL CESAR DE ARAUJO SANTOS CRM 52 85620-7 ARTIGO PREMIADO EM SEGUNDO LUGAR ANALISE COMPARATIVA DOS RESULTADOS ONCOLÓGICOS OBTIDOS NA EXCISÃO MESORRETAL TOTAL POR CIRURGIA ROBÓTICA, LAPAROSCÓPICA E ABERTA Instituto Nacional do Câncer RESIDENTE : Dr. Daniel Cesar de Araujo Santos PRECEPTOR : Dr. Marcus Valadão DESCRITORES : CIRURGIA ROBÓTICA - EXCISÃO MESORRETAL – TUMOR DE RETO/ TRATAMENTO CIRURGICO. INTRODUÇAO A cirurgia minimamente invasiva, tanto laparoscópica quanto robótica, mudou o cenário do tratamento cirúrgico dos tumores de reto (TR). Precisão é a pedra angular das novas tecnologias na excisão mesorretal total (EMT), que hoje é o tratamento padrão ouro para os tumores reto estádio II e III. Na verdade, tanto a cirurgia robótica (CR) quanto à cirurgia laparoscópica (CL) podem promover uma ressecção mais precisa e anatômica dos tumores de reto do que as cirurgias abertas (CA). Devido à localização anatômica do reto na pélvis, uma precisa EMT é mais factível por instrumental mais versátil e preciso, fato este oferecido pela CR. A cirurgia baseada em preservação nervosa e funcional, associada à EMT não só melhora a qualidade de vida como também melhoram os resultados de recorrência local e mortalidade. No entanto, dúvidas ainda permanecem quanto à aplicabilidade da CR no tratamento dos TR. Isso se deve as dificuldades técnicas da laparoscopia, com elevadas taxas de conversão e maior acometimento da margem radial, lesão da fáscia mesorretal e comprometimento do grau de ressecção do mesorreto. Acredita-se que CR possa superar as limitações da CL e CA nas EMT. O objetivo desse estudo é esclarecer o impacto da CR nos resultados oncológicos do tratamento dos tumores de reto comparando com CA e CL. METODOS Desde Janeiro de 2012 a CR vem sendo utilizada no departamento de cirurgia Abdomino-pélvica do Instituto Nacional do Câncer. De maio de 2012 a julho de 2013, 36 pacientes consecutivos submetidos à EMT por CR foram prospectivamente incluídos no estudo. Esse grupo foi comparado com uma corte retrospectiva de 200 cirurgias abertas e 41 laparoscópicas de novembro de 2002 a setembro de 2009. Todas as ressecções foram devido a adenocarcinoma histologicamente confirmados, com distância da margem anal até 15cm. Tratamento neoadjuvante com quimioterapia e radioterapia foi oferecido para todos os pacientes com tumores clinicamente (T) ≥ 3 ou com linfonodos positivos. Todos pacientes com doença metastática foram excluídos. Os dados demográficos, operatórios, histopatológicos e seguimento pós-operatório foram analisados e comparados. Os resultados foram calculados com sistemas validados e foram estatisticamente analisados através do programa SPSS v17. Onde P<0,05 foi considerado significante.

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