PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

212 213 Prêmio de Residência Médica Prêmio de Residência Médica A MÉDICA PREMIADA ESPECIALIDADES: Dermatologia clinica e cosmiatria FORMAÇÃO ACADÊMICA: Graduação pela Faculdade de Medicina da UFRJ; Pós-graduação pelo Serviço de Dermatologia da UFRJ. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Há 5 anos atuando emserviços públicos e privados, comênfase emcicatrização e rejuvenescimento. DRA. BRUNA MELHORANSE GOUVEIA CRM 52 92479-2 ARTIGO PREMIADO EM PRIMEIRO LUGAR APLICAÇÃO DE ÁCIDO TRICLOROACÉTICO NO TRATAMENTO DE ÚLCERA CRÓNICA Hospital Universitário Clementino Fraga Filho RESIDENTE: Dra. Bruna Melhoranse Gouveia PRECEPTOR : Dra. Taíssa Canedo de Magalhães RESUMO : Introdução: O tratamento de úlcera crónica é multidisciplinar e depende da extensão, da duração, dos fatores que a desencadearam e também das comorbidades do paciente. Na literatura, a maioria dos estudos aborda tratamento da úlcera de etiologia venosa em pacientes sem comorbidades ou com as mesmas compensadas, o que, na prática, corresponde a um grupo restrito de pacientes. Há a necessidade de estudos sobre tratamento de úlceras multifatoriais em pacientes com múltiplas comorbidades. Método: Relato de caso de paciente com comorbidades descompensadas, portador de úlcera crónica multifatorial, submetido a 66 aplicações do ácido tricloroacético (ATA) na concentração de 90%. Resultados: Cicatrização completa da úlcera em 10 meses com melhora da dor crónica e melhora considerável da qualidade de vida do paciente. Conclusão: Esse relato de caso apresenta o ácido tricloroa- cético como opção terapêutica efetiva, de baixo custo e fácil aplicabilidade para pacientes com múltiplas comorbida- des, portadores de úlceras crônicas multifatoriais. DESCRITORE S: CICATRIZAÇÃO - ÚLCERA DA PERNA/TRATAMENTO - ÁCIDO TRICLOROACÉTICO - CASO CLÍNICO INTRODUÇÃO A úlcera caracteriza-se por perda do tegumento que acomete a derme e pode atingir até hipoderme, músculo e osso 1 . É classificada como crónica quando não cicatriza em um período de 6 semanas 2 e localiza-se com maior frequência nos membros inferiores. A etiologia das úlceras crônicas é multifatorial e dentre os possíveis fatores, destacamos: a insuficiência arterial e/ou venosa, neuropatia, linfedema, diabetes mellitus, traumas, osteomielite crônica, anemia falciforme, vasculites, tumores cutâneos (carcinoma basocelulares e espinocelulares), doenças infecciosas crônicas (leishmaniose, tuberculose, etc.). Apesar da ampla variedade de fatores etiológicos, a maioria tem como causa doença vascular, sendo que 60 a 70% delas ocorrem por insuficiência venosa, caracterizando a chama- da úlcera venosa e 10 a 25% por insuficiência arterial, a qual pode coexistir com doença venosa (úlcera mista) 1 . A úlcera venosa possui prevalência de 1% na população adulta sendo que 0,3% dos casos apresen- tam a úlcera ativa (não cicatrizada)3. A prevalência da úlcera venosa aumenta com a idade, sendo superior a 4% em pessoas acima de 65 anos 2 . O diagnóstico é clínico e pode ser auxiliado por exame de imagem como Eco Doppler arterial e venoso. O tratamento baseia-se na combinação de mudanças de estilo de vida (perda de peso, cessação de tabagismo e controle glicêmico) com medidas fundamentais como elevação do membro acometido e repouso 1 . Além

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