PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA
170 171 Prêmio de Residência Médica Prêmio de Residência Médica O MÉDICO PREMIADO O Dr. Rodolfo Chedid graduou-se em medicina no ano de 2000 pela Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e após concluir quatro anos de residência médica em cirurgia geral especializou-se em Cirurgia Plástica num dos mais renomados e antigos centros de formação, o Instituto Nacional do Câncer. Durante a sua residência médica, foi Visitor Fellow no Department of Plastic Surgery do Alabama University e no maior centro de câncer dos EUA, o MD Anderson Cancer Center em Houston, Texas. Dr Rodolfo atua de forma ativa na cirurgia reconstrutora das mamas e reconstruções complexas com retalhos microcirúrgicos. É Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. DR. RODOLFO CHEDID CRM 52 69778-8 ARTIGO PREMIADO EM TERCEIRO LUGAR RECONSTRUÇÃO CRANIOFACIAL COM RETALHOS MICROCIRÚRGICOS: ANÁLISE CRÍTICA. Instituto Nacional do Câncer RESIDENTE : Dr. Rodolfo Chedid PRECEPTOR : Dr. Juliano Sbalchiero RESUMO : Os defeitos craniofaciais após ressecção tumoral representam uma situação extrema em cirurgia reparadora devido à complexidade das estruturas envolvidas, pela configuração tridimensional do defeito e pelo grande impacto funcional e estético que implicam. Portanto, a utilização de retalhos livres tornou-se uma grande opção para as reconstruções envolvendo a região craniofacial. Métodos: Análise retrospectiva de 23 prontuários médicos de pacientes submetidos à ressecção de tumores da região craniofacial e que foram submetidos à reconstrução com retalhos microcirúrgicos no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2007. Foram avaliados: variáveis demográficas; tipo histológico do tumor; retalho utilizado; índice de sucesso e complicações. Resultados: O tipo histológico mais comum foi o carcinoma espinocelular com 35%, seguido do carcinoma basocelular com 26%. O retalho microcirúrgico mais utilizado foi o reto abdominal com 40%, seguido do retalho anterolateral da coxa com 24%. As complicações imediatas e tardias foram de 26%, com índice de sucesso de 95,6%. Conclusão: Tendo em vista a magnitude do defeito residual após a ressecção tumoral, a reconstrução com retalhos microcirúrgicos apresentase como opção segura, em tempo único e com baixo índice de complicações, oferecendo ao paciente um rápido restabelecimento e retorno ao convívio familiar. DESCRITORES : PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS RECONSTRUTIVOS INTRODUÇÃO Os defeitos craniofaciais e do terço médio da face após extensas ressecções tumorais, constituem uma das situações mais extremas para o cirurgião plástico que atua na área da cirurgia reconstrutora1. Isso de deve à complexidade anatômica das estruturas envolvidas, pela configuração tridimensional do defeito resultante e pelo grande impacto funcional e estético que acarretam ao paciente. O maxilar é a estrutura de suporte central da face com grande importância funcional e estética. Possui uma configuração tridimensional em forma de um hexágono2, fornece sustentação às estruturas do cone orbitário, separa a cavidade oral e nasal, forma a base para dentição, além de contribuir na conformação e simetria facial. Areconstrução desse segmento da face tornase imperiosa e apresenta graus variados de complexidade dependendo da extensão da ressecção. Existem atualmente algumas opções de tratamento dos defeitos craniofaciais e do terço médio da face que podem variar desde a utilização de materiais protéticos, retalhos locais, retalhos livres ou uma combinação destes3. Entretanto, com o
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