PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

232 233 Prêmio de Residência Médica Prêmio de Residência Médica O MÉDICO PREMIADO Nasci em Ubá, Minas Gerais, mudei para o Rio aos 18 anos para cursar medicina na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) em 2002. Durante a faculdade atuei por 2 anos como monitor de Semiologia Médica. Acompanhei serviços de neurocirurgia, especialidade que pretendia cursar e que depois troquei para a Psiquiatria. Fiz também cursos e estágios em emergências e terapia intensiva pois sempre acreditei que a ampla formação clínica auxilia na atuação do médico em todas as especialidades. Após a faculdade cursei a Residência Médica no Instituto Philippe Pinel. Durante o período da residência também trabalhei como intensivista em diversos hospitais particulares do Rio de Janeiro onde ajudei a criar nesses hospitais o serviço de Psiquiatria no hospital geral. Após a residência médica segui com atuação em consultório particular como psiquiatra clínico, atividade que mantenho até hoje. Paralelo a isso desenvolvi um teste de personalidade dimensional no estilo do Big Five e um sistema para ajudar na gestão de pessoas dentro das empresas observando o quanto o conhecimento médico sistematizado poderia agregar valor na realidade das corporações. Atualmente além da atuação como Psiquiatra clínico trabalho como gestor de empresas de saúde e consultor de empresas de diversos segmentos na área de Gestão de Pessoas. DR. ÂNGELO REAL PEREIRA JUNIOR CRM 52 85199-0 ARTIGO PREMIADO EM TERCEIRO LUGAR PROPOSTA DE UMA ESCALA DE VALIDAÇÃO DIAGNÓSTICA PARA TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS COM ORIENTAÇÕES QUANTO ÀS CONDUTAS Instituto Municipal Philippe Pinel RESIDENTE: Dr. Ângelo Real Pereira Junior PRECEPTOR : Dr. Sandra Lúcia Correa Lima Fortes RESUMO : Introdução: O diagnóstico psiquiátrico é puramente clínico e não apresenta formas de confirmação por meios complementares. Escalas são usadas para gerar uma uniformização dos achados. No presente trabalho elaboramos uma escala para validar o diagnóstico de forma estatística atribuindo um grau de validade probabilístico com os resultados servindo para a tomada de decisões. Material e Método: Foi realizado um estudo prospectivo com 40 pacientes, sendo 22 do sexo feminino e 18 do sexo masculino com idade variando de 18 a 57 anos, que foram analisados no período de Junho de 2.010 a Outubro de 2.011, em consultas médicas sucessivas onde a Escala de Validação Diagnóstica (anexo 1) foi aplicada para ajudar na confirmação diagnóstica. Foram incluídos no estudo apenas pacientes com diagnóstico duvidoso ou sem diagnóstico prévio. Os tópicos da escala basearam-se na avaliação geral dos critérios mais enfatizados no DSM-IV-tr (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4º Ed. texto revisado) e no CID 10 (Classificação Internacional de Doenças), e consideraram as características clínicas dos transtornos psiquiátricos mais prevalentes. Resultados: Dos 40 pacientes analisados, 8 (20%) não tinham diagnóstico firmado e 32 (80%) tinham recebido mais de um diagnóstico nos últimos 2 anos. Dos 8 pacientes sem diagnóstico prévio a escala foi aplicada para a principal hipótese, destes 7 receberam pontuação superior a 85 pontos (diagnóstico altamente provável), o qual se manteve ao longo dos meses subsequentes com boa evolução. Um paciente teve pontuação inferior a 70 na escala (diagnóstico sugestivo) sendo necessário levantar outra hipótese diagnóstica a qual uma vez testada na escala obteve pontuação maior que 80 e mostrou-se mais adequada ao caso ao longo dos meses. Isso demonstra 100% de eficiência no grupo dos pacientes sem diagnóstico prévio (20% dos pacientes do estudo). Nos 32 pacientes com diagnósticos questionáveis a escala foi testada para as duas principais hipóteses. Em 30 pacientes uma das hipóteses apresentou pontuação superior a 80 a qual foi a mais adequada para a condução subseqüente ao longo dos meses. Um paciente apresentou pontuações com valores muito próximos entre as duas hipóteses mantendo seu diagnóstico inconclusivo. Um paciente apresentou 75 e 60 pontos nos diagnósticos avaliados, mas esses não se mostraram adequados ao longo dos meses. Para o grupo de pacientes com diagnóstico duvidoso a escala mostrou-se eficiente em 93,75 % dos casos. Considerando a totalidade dos casos temos 95 % de eficiência no uso da escala. Conclusão: Como o diagnóstico na psiquiatria ainda é puramente clínico, a elaboração de uma escala para validação contribui para conferir maior segurança na tomada de decisões e ajuda num entendimento mais probabilístico a cerca da hipótese diagnóstica. Aspectos legais e avaliações relacionadas à concessão de benefícios também podem se valer de instrumentos que realcem o diagnóstico tido algumas vezes como impreciso pela falta de exames complementares. DESCRITORES : PSIQUIATRIA – DIAGNÓSTICO - VALIDAÇÃO

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