EMERGÊNCIAS CREMERJ 2009

que 91% dos entrevistados afirmam que não existe regulação. Há de se ressaltar a otimização da Central de Regulação de Urgência e Emergência (GSE/SAMU), com intuito de melhorar o fluxo de pacientes entre as Unidades de Saúde. Este dado pode ser visto na pesquisa CRE- MERJ onde em 2008 25% são transferidos das unidades e 13% chegam as mesmas, quando regulados de alguma forma pelo GSE/SAMU. Na pesquisa anterior o dado Central de Regula- ção nem era mencionado. Constatamos a angústia dos médicos que necessitam referenciar pacientes para outras Unidades de maior complexidade e enfrentam toda forma de dificuldade. Não raro os pacientes saem de ambulância, sem destino definido, em busca de atendimento adequado, gerando conflitos entre as Unidades e possíveis agravos aos pacientes. A partir da Recomendação CREMERJ define-se claramente como uma responsabilidade institucional a referência nas emergências. O item 5 sobre transportes é baseado na Portaria MS 2048/02 e a Resolução CFM n. 1671/03 e n. 1672/03 descrevendo as diretrizes para a normatização da questão. Esta norma- tização visa que todo e qualquer tipo de transporte de pacientes, deva conter equipes e equi- pamentos pertinentes para cada tipo de caso, bem como veículos equipados para estes fins. Que toda e qualquer transferência de pacientes devam ser reguladas pelas Centrais pertinentes a cada caso específico, então, todos os atores públicos ou privados, que realizam transporte de pacientes deveriam se reportar a cada Central de sua Região. De acordo com o item 6, é de consenso geral que a manutenção do atendimento pré- hospitalar móvel deva continuar ser realizado pelo GSE/SAMU. É necessária também a lotação de equipes médicas completas para o atendimento domiciliar. Na pesquisa CREMERJ os che- fes de equipe de emergência entrevistados responderam que a relação era boa em 62% e 59% com o GSE e SAMU respectivamente. O item 7 referente aos recursos humanos é atual, visto este ser o “nó crítico” das Uni- dades de saúde independentemente de serem Federal, Estadual ou Municipal. Este dado é corroborado pela pesquisa, onde a deficiência de profissionais chega a 70% nas equipes e os baixos salários são apontados como uma das principais causas, além das condições de tra- balho. É necessário e urgente estabelecer um plano de cargos e salários no sentido de formar equipes médicas estáveis nos plantões. Hoje as equipes estão desestruturadas, o que causa grande dificuldade administrativa e na educação médica continuada. É evidente, também, o prejuízo à assistência da população. De acordo com o item 8, a educação continuada dos profissionais das Emergências também é necessária. Com a utilização de rotinas, fluxos e protocolos estruturados e reco- nhecidos pelas Sociedades de Especialidades, sendo estas ferramentas importantes de auxílio aos profissionais. Verificou-se que existem protocolos de assistência nas Emergências, porém são utilizados em 46% das unidades. As medidas elencadas muitas já previstas em normativas institucionais, são factíveis e necessárias, devendo ser implementadas para que tanto os profissionais como a população usuária possam ter um nível adequado de trabalho e assistência. Realizada pelo GTE/CREMERJ em 2008, com 129 chefes de equipe dos plantões e apresentada no Congresso de Emergência de 2008. Pesquisa sobre o perfil dos médicos e das emergências públicas

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