MANUAL DO MÉDICO RESIDENTE - 3ª EDIÇÃO

manua l do mé d i co r e s i d e n t e 5 APRESENTAÇÃO Ser médico requer esforço e determinação. O ofício vai muito além do diagnóstico das doenças. É o médico quem vai pesquisar, diagnosticar, tratar e prevenir as doenças. Para isso, deverá estar capacitado e atualizado. O constante progresso da Medicina impõe a necessidade de atualização permanente para acompanhar o rápido avanço dos novos conhecimentos e exercer com competência a profissão. Mesmo já formado, o médico continua seus estudos e tem que se reciclar. A necessidade de aperfeiçoamento é contínua. Cursos de atualização, participação em congressos, leitura de revistas especializadas e as pesquisas na Internet são suas princi- pais armas para se manter a par das novidades. Ser médico é difícil, e não é só por causa da rotina dos vários empregos, dos plantões sucessivos e do celular tocando dia e noite. Doenças consideradas sob controle como tuberculose e dengue, reaparecem no cenário a cada ano. Bactérias tornam inúteis an- tibióticos poderosos e vírus sofrem mutações desafiando a ciência. No Brasil, o médico ainda tem que conviver com deficiências crônicas da saúde pública, a escassez de leitos, de equipamentos e de medicamentos, além da violência e da falta de segurança nos hospitais. Apesar de tudo, a média de vida da população aumenta. Isso se deve ao de- senvolvimento técnico e científico, aos novos medicamentos, bem como a ênfase dada aos conhecimentos acumulados na prevenção das doenças. A Residência Médica é fundamental para que o médico recém-formado obtenha experi- ência e acumule conhecimentos que redundarão em oportunidades posteriores de tra- balho e ao melhor atendimento à população. Desta forma, integra o ideário das reivin- dicações da categoria médica a obrigatoriedade de quantitativo de vagas da residência médica igual ao de vagas nas escolas médicas e uma bolsa digna da responsabilidade do curso. Este manual propõe mostrar para os recém-formados alguns dos desafios que encontra- rão pela frente em sua vida profissional e reafirmar que, apesar de a residência não ser obrigatória, ela é a principal forma de especialização médica e a única regida por legisla- ção específica (Lei Federal nº 6.932/81). Colegas, boa sorte em seu caminho e que ele seja trilhado dentro dos bons preceitos da técnica, da ética e da arte médica. Márcia Rosa de Araujo Presidente do CREMERJ

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