DIRETRIZES GERAIS PARA O EXERCÍCIO DA MEDICINA DO TRABALHO
DIRETRIZES GERAIS PARA O EXERCÍCIO DA MEDICINA DO TRABALHO 59 res e as solicitações que se fizerem necessárias, devem ser emitidas de acordo com os preceitos técnicos e os critérios estabelecidos na legislação, de comum acordo com o trabalhador ou com a administração da instituição com a qual mantêm vínculo de trabalho. Este material deve ser transcrito no formulário apropriado, fornecendo-se ao trabalhador cópia dos mesmos. A documentação médica do trabalhador deverá atender às Resoluções CFM nº 1.638/2002, 1.639/2002 e CREMERJ n° 41/1998, devendo ser arquivadas de modo a ser de fácil acesso. Diagnóstico Médico O ponto mais importante do ato médico e de qualquer processo de medicina do trabalho é o diagnóstico. A palavra diagnóstico significa reconhecimento. A sua principal finalidade em medicina do trabalho será determinar em que ponto da relação saúde/doença se encontra o trabalhador, para tentar modificar as condições existentes no sentido de orientá-lo para o lado da saúde. O diagnóstico apresenta etapas básicas: 1 - coletar e interpretar os dados levantados; 2 - formular o perfil dos problemas; 3 - procurar aumentar a probabilidade de acerto diagnóstico. A coleta e a interpretação dos dados pode ser feita em 3 fases, todas com a mesma importância: 1 - conversando com a pessoa (trabalhador); 2 - realizando o exame físico e avaliação mental; 3 - solicitando, se necessários, os exames complementares. Conversar com o cliente representa o encontro interpessoal de confiança do traba- lhador com a competência do médico. A anamnese é a condição básica do cuidado médico, representando por si só cerca de 80% do caminho que leva ao diagnóstico. Está presente em todas as etapas do processo médico. As características desse relacionamento decorrem, genericamente, do direito à saúde, que tem o trabalhador como pessoa, e, bem analisada, vincula-se à lealdade e ao devotamento esperado da parte do médico. Existe, portanto, um suporte de confiança, indispensável ao relacionamento entre o trabalhador e o médico. Qualquer deterioração desse relacionamento corresponde à inexistência ou ao enfraquecimento daquela confiança, também repercutindo desfa- voravelmente, numa condição primordial que é o prestígio da empresa ou da insti- tuição na qual o médico está vinculado. Quando as opiniões negativas começarem a se avolumar, a situação do médico estará enfraquecida.
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