DIRETRIZES GERAIS PARA O EXERCÍCIO DA MEDICINA DO TRABALHO

DIRETRIZES GERAIS PARA O EXERCÍCIO DA MEDICINA DO TRABALHO 17 envolvem um planejamento detalhado de atenção preventiva das condições capazes de causar dano à saúde das pessoas nas comunidades de trabalho, por iniciativa médica e devidamente aprovada pela direção da empresa, onde se deverá conside- rar as questões incidentes sobre o trabalhador, privilegiando o instrumental clínico- epidemiológico na abordagem da relação entre saúde/doença do trabalhador e o seu trabalho. Essa base conceitual deve servir de suporte para um planejamento integrado, coe- rente, flexível e consistente que envolva todos os níveis da empresa, em especial o relacionamento com a área de segurança do trabalho, para uma estratégia que leve a um sistema de gestão incluindo as formulações técnicas necessárias à implemen- tação de ações sustentáveis, por meio das quais se promova a manutenção da saúde das pessoas em seu trabalho. Ações de Medicina do Trabalho Todas as ações médico-sanitárias realizadas dentro de uma coletividade de trabalho, devem ser estimuladas pela concepção que a saúde do trabalhador é um elemento indispensável ao desenvolvimento econômico e social, um fator de valorização do ho- mem que desta forma assegura sua participação efetiva no Progresso e na Paz Social. Fácil é verificar, pela experiência daqueles que trabalham em Medicina do Trabalho, que a solução dos problemas de saúde/doença dos trabalhadores, seja nas pequenas, médias ou grandes empresas, não dependem unicamente de técnicas e programas avançados e sofisticados. Para assistir a população de trabalhadores, principalmente nos seus segmentos mais elementares e atender as suas necessidades básicas, é preciso oferecer facili- dades médico-sanitárias simples e baratas, porém efetivas, adequadas e desejadas. Tal orientação depende fundamentalmente da compreensão e da competência do médico do trabalho em fazê-lo, porque a ele possivelmente lhe será outorgada essa responsabilidade. Desse modo, deve-se colocar de lado qualquer metodologia ou técnica de eficácia não demonstrada, ter uma estrutura bem dimensionada e empregar instrumentos apropriados e suficientes, culturalmente aceitos e economicamente viáveis. É, naturalmente, do conhecimento geral, que o processo saúde/doença no trabalho tem um interesse que afeta não apenas os trabalhadores e suas famílias, mas, a pró- pria sociedade em sua estrutura e em seus inter-relacionamentos. Cabe, entretanto esclarecer, que para a medicina do trabalho, o objetivo para o qual se volta a sua atenção e cuidados não é de servir aos interesses setorizados ou par- ticulares. Seu interesse se direciona para atender as necessidades sentidas, no pano-

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