Na Mídia - Médico tem a prisão decretada, mas está sumido
O Globo / Rio
17/07/2018
Para a família, vítima tinha vindo ao Rio para se tratar de menopausa
A Justiça do Rio decretou, ontem à noite, a prisão do
médico Denis Cesar Barros Furtado e da mãe dele, que também é médica, mas está
com o registro suspenso. Parentes de Lilian Jamberci prestaram depoimento na
16ª DP (Barra da Tijuca), que apura o caso. O corpo da vítima será levado para
Cuiabá. Procurado pelo GLOBO por telefone e por meio de suas redes sociais,
Denis não foi localizado. Num dos contatos do médico, uma secretária chegou a
atender a ligação e a fornecer outro número de telefone, mas ele não respondeu.
Uma amiga de Lilian, que pediu para não ser identificada,
disse que a bancária era uma mulher muito cuidadosa:
— Era organizada mesmo. Não era atirada, de fazer as coisas
de qualquer jeito.
Viúvo de Lilian, Osmar Jamberci, disse que ela pretendia
voltar para casa no mesmo dia:
— Ela veio sábado de manhã para voltar à noite. Disse à
família que iria colocar um chip por conta da menopausa. Às 8h30m de domingo,
esse médico me ligou dizendo que tinha havido uma complicação e que precisava
de alguém para liberar o corpo. Foi a única vez que falei com ele.
O médico teria usado a substância PMMA. A sigla significa
polimetilmetacrilato, material parecido com plástico, composto por microesferas
e utilizado para fazer preenchimentos corporais e faciais. O produto é aprovado
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas indicado para
situações pontuais e em pequenas quantidades. O Conselho Regional de Medicina (Cremerj) informou que já
abriu sindicância para apurar o caso.