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Comissão de Saúde Pública vai à Alexander Fleming

10/10/2011

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Integrantes da Comissão de Saúde Pública do CREMERJ, os conselheiros Armindo Fernando da Costa e Erika Reis estiveram na Hospital Maternidade Alexander Fleming, em Marechal Hermes, no dia 4 de outubro. Eles constataram o cenário crítico de falta de recursos humanos em que se encontra a unidade: plantões cobertos por de três  a quatro obstetras, mas às vezes com apenas dois, quando o ideal seria seis. Contudo, a porta da emergência continua aberta.

Municipalizado em 1995, o hospital conta, atualmente, com o seguinte quadro de médicos: 15 federais, 20 estatutários municipais, nove contratados da Fiotec e um em dupla jornada.

“A rotatividade entre os médicos da Fiotec é alta e os colegas federais estão se aposentando. Temos dois clínicos lotados na unidade quando precisaríamos de, no mínimo, sete. Em razão dessa carência de recursos humanos, não podemos abrir novas vagas para pré-natal”, explicou o diretor geral da maternidade, Renato Maciel.

Em janeiro, foram realizados 2.400 atendimentos, já em agosto, foram 1.600. De acordo com os médicos, a própria população percebeu a dificuldade para o atendimento e está procurando outros hospitais.

A Maternidade Alexander Fleming conta com 80 leitos, mas 20 estão fechados devido à obra  no setor intensivo

 

, o que levou à necessidade de readequação de três enfermarias para abrigar os leitos neonatais.

Apesar de ser referência para gestantes com hipertensão e para a Casa de Parto David Capistrano Filho, a unidade não tem CTI para adultos, apenas neonatal, nem clínicos plantonistas. Também há necessidade de pediatras. Em razão das férias de um médico, os exames de ultrassom foram reduzidos, sendo realizados somente durante a semana, em sua maioria pela manhã.

“É urgente a reposição de médicos na Alexander Fleming, porque os que trabalham maternidade estão sendo expostos. Se há somente dois obstetras e a porta de entrada continua aberta, os colegas estão vivendo cotidianamente escolhas de Sofia”, disse a Conselheira Erika Reis.

O CREMERJ vai solicitar explicações e providências à Secretaria Municipal de Saúde e também enviará ofício relatando a situação ao Ministério Público.

 

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